Investidores que planejam comprar ações neste mês devem acompanhar atentos os desdobramentos da invasão da Ucrânia pela Rússia, que mexeu com os mercados globais e os preços das commodities.
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Espinhel acredita que a Bolsa brasileira ainda se encontra em um patamar muito atrativo na relação preço/lucro. Contudo, ele destaca alguns riscos que os investidores devem ter em mente. O primeiro é a alta dos juros, que acaba afetando o lucro das empresas.
“Segundo um estudo do BTG, cada 100 bps [equivalente a 1 ponto percentual] de elevação na Selic têm um impacto negativo de 1,8% nas empresas de consumo interno e -0,2% nas exportadoras”, diz.
Outro fator a considerar é o perfil do investidor pessoa física, ainda rentista, que pode levá-lo de volta à renda fixa agora que esses investimentos voltarão a oferecer rentabilidade perto de 1% ao mês. Espinhel cita também a conjuntura política, com uma eleição polarizada, e pautas negativas para o cenário fiscal em Brasília.
Atribuímos a forte alta nas ações da Vale à valorização dos preços de minério de ferro no mês. No final de fevereiro, eles foram negociados por US$ 143 a tonelada em Cingapura, alta de 9% em relação a janeiro.
Em relatório publicado no final de 10 de fevereiro, a Vale anunciou que encerrou o ano com cerca de 340 milhões de toneladas de capacidade de produção de minério de ferro e espera atingir 370 milhões de toneladas por ano de capacidade até o final de 2022.
Reconhecemos a estratégia da Vale de reduzir a produção de minério de ferro, e o aumento das vendas de pelotas aumentou a agregação de valor, mantendo o mercado de minério de ferro apertado. No lado negativo, a menor produção nas divisões diminui a alavancagem operacional da empresa.